Wavetale mostra a força dos Plataformas 3D ainda hoje
Até um tempo atrás, grande parte dos jogos que a gente via nos principais videogames envolvia um gênero que parecia um pouco esquecido: os plataformas 3D. Clássicos como “Crash Bandicoot”, “Spyro”, “Super Mario 64”, entre outros, moldaram a infância de muitos jogadores e mudaram a forma e a cultura dos jogos de plataforma, na transição dos mundos 2D para os mundos 3D, principalmente com a evolução da tecnologia.
Hoje em dia, é muito mais comum vermos produtoras independentes resgatando a nostalgia dos plataformas 3D ou as produtoras de jogos mais clássicas, como a própria Nintendo com o seu incansável Mario. Porém, mais uma vez, é um jogo indie como “Wavetale” que mostra que jogos desse gênero tem mais espaço do que aparentam.
“Wavetale”: um “novo” jogo velho
Com cores vívidas, uma estética de encher os olhos e uma história cativante, “Wavetale” incialmente era um jogo exclusivo de Google Stadia e que teve um relançamento digno em 12 de Dezembro, para PC, Playstation 4 e 5, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X e Series S.
O jogo é focado na personagem Sigrid, que explora um mundo quase submerso após as consequências de uma guerra e que ganha a ajuda de uma sombra que a ajuda a “andar pelas águas”.
Esse mundo não está totalmente destruído pós-guerra, mas bem afetado pelas consequências deste embate em si. O jogo intercala belos momentos de plataforma rápidos, que lembram momentos dos jogos mais modernos do Sonic, com belas sequências de história, contadas de um jeito bom e tocante, pra quem gosta de histórias profundas.
A parte de combate em si não varia muito ao longo do jogo, mas o destaque está na movimentação rápida da protagonista, que pode pular, planar, se projetar para pontos mais altos e usa uma espécie de rede de pescar para bater nos inimigos, que são variáveis derivadas de uma nuvem espessa e escura, mais uma vez consequência de tudo o que a guerra fez os habitantes daquele local passar.
Uma aventura rápida para uma stream
“Wavetale” é interessante pra se jogar em stream para aqueles que curtem um jogo mais tranquilo com movimentos rápidos e curtem uma boa história. O jogo tem uma parcela de conteúdo interessante, mas pode ser terminado bem rapidamente, entre 5 a 7 horas.
Além da sequência principal e história, “Wavetale” tem algumas missões extras que podem ser feitas durante o avanço do jogo, ao interagir com outros personagens, assim como coletar livros escondidos para completar um diário e moedas que servem para comprar roupas para customizar a protagonista, que apesar de ser apenas um adicional, pode ser bem divertido pra quem gosta de mudar a aparência do personagem.
Dito isso, esse é um jogo bem curto e tem poucas coisas a fazer, então não tem um grande fator replay.
O único problema na questão de stream pode ser a falta de uma tradução em PT-BR, o que pode fazer falta e prejudicar a experiência de parte do público e do streamer em imergir na história, mas por se tratar de um jogo curto pode não ser um grande empecilho.
Wavetale
Conclusão
“Wavetale” é um jogo que mostra a força dos plataformas 3D ainda hoje, e resgata um pouco da nostalgia e preenche a falta que esse estilo de jogo faz nos dias de hoje. Pela fluidez e velocidade da jogabilidade, pode divertir ao ser jogado em stream, mas não tem muito conteúdo e pode ser terminado bem rapidamente. Não é um jogo difícil de ser entendido pelo público que irá o acompanhar, apesar da possível problemática em imergir na história pela falta de tradução em algumas línguas.
Tenho 25 anos, produzo conteúdos na internet há 4 anos e gosto de jogos retrô, indies e sou fissurado por conhecer lançamentos. Tenho como meus jogos favoritos Donkey Kong Country 2, Super Mario World, Hollow Knight e Red Dead Redemption II, por exemplo. Gosto de experimentar de tudo e quanto mais, melhor, mas sem nunca largar os jogos que tanto amo!