Vengeful Guardian: Moonrider – Uma ode indie moderna aos grandes clássicos retrô
O videogame viveu uma era de reencontro e reconstrução a partir do NES, conhecido popularmente como “Nintendinho” no Brasil, lançado oficialmente no Japão em 1983 e chegando no Ocidente em meados de 1985.
Após uma grave crise, a era dos 8-bits possibilitou o surgimento de diversos jogos como a franquia “Ninja Gaiden” e, depois, a evolução para 16-bits nos consoles Super Nintendo e Mega Drive com grandes clássicos como “Shinobi”, “Strider” e até mesmo pérolas perdidas como “Run Saber”, mostrando que a indústria de jogos ainda tinha espaço para crescer e chegar no patamar que alcançou hoje.
“Vengeful Guardian: Moonrider” tem em comum com os jogos citados anteriormente a temática de ninja e o combate rápido e dinâmico, mas com a modernidade trazida pelos jogos indies que encanta e traz uma dinâmica completamente nova e a reimaginação de clássicos consolidados. Além dos títulos antes citados, a tela de escolha de fases e os chefes me lembraram muito o esquema dos jogos da franquia “Mega Man”, tanto os clássicos quanto os da franquia “Mega Man X”.
Da desenvolvedora JoyMasher, também criadora de “Blazing Chrome”, jogo inspiradíssimo em “Contra”, e outros títulos que lembram muito a dinâmica clássica de “Ninja Gaiden” e até mesmo “Castlevania”, como “Oniken” e “Odallus”, a empresa brasileira mais uma vez lança um jogo que marca tanto o mercado nacional quanto o internacional, em um título de saltar os olhos e com desafio na medida certa.
“Vengeful Guardian: Moonrider” é curto, mas com grandes incentivos para jogá-lo novamente
“Vengeful Guardian: Moonrider” tem como pano de fundo a história de um herói improvável lutando contra a opressão e tirania, fazendo paralelo com autoritarismo e ditadura. O herói chamado Moonrider foi criado pelos autoritários mas se rebelou do propósito inicial ao qual foi criado, então combatendo seus criadores e os demais subordinados do exército.
Em questão de conteúdo, o jogo possui oito fases e uma gameplay relativamente rápida (eu consegui terminar o jogo em aproximadamente 3 horas), mas possui um sistema de platinas, segredos interessantes e sistema de notas por fases que te motivam a reexplorar as fases para os caçadores de conquistas.
Isso, por si só, pode ser o principal chamativo para os streamers amantes de jogos retrô e para sua audiência. Com jogabilidade rápida e dinâmica, o criador de conteúdo não precisa se alongar muito em seu conteúdo, entregando exatamente o que sua audiência quer ver.
Para os amantes de jogos retrô, o tamanho do “Vengeful Guardian: Moonrider” é uma bela desculpa para se aventurar novamente e aprender os padrões, mas para as pessoas que não tem muito apelo com esse determinado tipo de jogo, talvez não seja um fator rejogabilidade totalmente efetivo. No quesito performance, o jogo roda facilmente em praticamente qualquer computador e não tem grandes problemas para aqueles que querem um jogo mais leve para se divertir e aproveitar, assim como nos velhos tempos.
Vengeful Guardian: Moonrider
Conclusão
Vengeful Guardian: Moonrider é uma ode indie moderna aos grandes clássicos retrô, fazendo jus aos títulos antigos enquanto cria uma própria identidade, sendo mais um jogo incrível lançado pela produtora brasileira JoyMasher. Faz com que tanto quem tem boas memórias com títulos antigos quanto pessoas que podem estar se desbravando nesse tipo de jogo pela primeira vez tenham uma boa experiência em um jogo com bons desafios, mas dificuldade equilibrada. Apesar de curto, tem desafios para aqueles que gostam de caçar troféus e tentar platinas, mas pode deixar um “gostinho de quero mais” em alguns jogadores.
Tenho 25 anos, produzo conteúdos na internet há 4 anos e gosto de jogos retrô, indies e sou fissurado por conhecer lançamentos. Tenho como meus jogos favoritos Donkey Kong Country 2, Super Mario World, Hollow Knight e Red Dead Redemption II, por exemplo. Gosto de experimentar de tudo e quanto mais, melhor, mas sem nunca largar os jogos que tanto amo!