The Last Faith: excepcional no combate mas não é perfeito na exploração
Recentemente joguei Blasphemous II e, como um fã da franquia, fui apresentado ao The Last Faith pelas comparações feitas entre os dois jogos. Desde o começo, porém, percebi as diferenças na relação gameplay, na questão de exploração e, principalmente, o quão mais próximo de um soulslike está esse lançamento de Novembro de 2023.
Na questão dos soulslikes 2D, são poucos jogos que possuem abordagens de builds próximas dos jogos soulslikes clássicos como Dark Souls, Demon Souls, Bloodborne e outros.
Fortaleça seu personagem e vença inimigos
The Last Faith é bem próximo do Bloodborne, onde além de você montar a sua build e subir os levels do seu personagem de acordo com o avanço no jogo, matando inimigos e bosses, você pega os itens de cura e as balas da sua arma secundária matando os mesmos inimigos, sendo que em algumas ocasiões do jogo você pode fazer o ato de “farmar” matando inimigos retornando nas mesmas áreas, ou podendo comprar itens com comerciantes.
O sistema de aumentar o poder de armas é progressivo com qual status você escolhe aumentar mais ou menos e também você pode aumentar o status das próprias armas que vai achando pelo mapa. Pelo gênero em si, o jogo engaja bastante em livestream pois é um jogo de combate rápido, fluído e interessante, inimigos diversos, bosses bem feitos e dificuldade na medida, o que pode engajar o público daquele nicho em específico mas pode não engajar o público em sua totalidade.
É um jogo que pode ser trazido em live junto com algum outro título da preferência do streamer.
Em The Last Faith, a exploração não é tão boa como o combate
No quesito exploração, o teor metroidvania é mais similar com Blasphemous, porém não tão bem feito quanto. Não gostei tanto da interligação entre mapas e a sensação de ficar perdido entre as próximas áreas para explorar é constante.
O jogo precisa de alguns retornos em áreas específicas para fazer o 100%, o qual eu ainda estou em busca, mas existe um determinado momento do jogo que é considerado um ponto de não-retorno do jogo, que faz com que algumas quests do jogo não possam mais ser completadas após esse momento.
Infelizmente o jogo não te avisa sobre isso, o que geralmente acontece em soulslike em geral ou, de qualquer forma, os misseables/eventos perdíveis em soulslike hoje em dia são mais suscetíveis naqueles jogos em que o fator replay seja, de fato, mais interessante, o que não creio que seja o caso do The Last Faith.
Para um jogo do gênero, porém, gostei da quantidade de conteúdo oferecida, onde para finalizar o jogo leva uma média entre 15 a 20 horas, com talvez mais tempo investido caso o 100% do jogo seja um objetivo. Para uma livestream, esse jogo tem um bom conteúdo, belos gráficos e é interessante o suficiente para engajar, sendo uma ótima opção dentro do gênero Metroidvania/Soulslike.
The Last Faith
Conclusão
The Last Faith é um interessante lançamento do final do ano, um jogo que traz a clara essência do Bloodborne para o plataforma/metroidvania 2D, que é praticamente perfeito no seu combate mas que peca na parte de exploração e, principalmente, nos requisitos para os 100% do jogo e todos os seus finais. Apesar de ser um jogo bom, sinto que ele lançou com alguns problemas básicos que podem e devem ser corrigidos em futuras atualizações pelos desenvolvedores para ficar ainda melhor.
Tenho 25 anos, produzo conteúdos na internet há 4 anos e gosto de jogos retrô, indies e sou fissurado por conhecer lançamentos. Tenho como meus jogos favoritos Donkey Kong Country 2, Super Mario World, Hollow Knight e Red Dead Redemption II, por exemplo. Gosto de experimentar de tudo e quanto mais, melhor, mas sem nunca largar os jogos que tanto amo!