The Callisto Protocol: Um Survival Horror Espacial

“The Callisto Protocol” é um jogo em terceira pessoa do gênero Survival Horror, desenvolvido pela Striking Distance Studios e publicado pela Krafton. Lançado para PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S e PC/Steam.

O jogo é protagonizado por Jacob Lee, piloto de carga que está realizando uma entrega para a prisão “Ferro Negro”, localizada na Lua Callisto e se encontra em uma situação complicada que o leva ser preso e confinado na prisão. Ao acordar, a prisão está infestada de monstros, conhecidos como “Biophages”. Jacob precisa descobrir o que está acontecendo, assim como sair de lá.

“The Callisto Protocol” veio com a proposta de ser um jogo assustador e com gameplay engajante como um grande clássico do gênero Survival Horror, “Dead Space”. E isto não acontece por coincidência, pois o diretor de “The Callisto Protocol” é Glen Schofield, que também foi produtor executivo do primeiro “Dead Space”.

E uma informação muito importante para esta review: Analisamos a versão de PS4, já atualizado para a versão 1.07.

Boa ambientação e sonoplastia; narrativa e exploração simples

A ambientação e estética de “The Callisto Protocol” segue muito de sua maior inspiração, “Dead Space”: Com foco em cenários claustrofóbicos dentro de naves espaciais, prisões e cavernas. Os cenários e modelos dos personagens estão muito bonitos, até mesmo os da versão de PS4.

Isso é seguido de uma ótima sonoplastia, tanto ambiental quanto de efeitos sonoros, sejam da sua movimentação, das suas armas, do som do combate ou de ataques dos inimigos.

“The Callisto Protocol” é um jogo com uma campanha linear, contando com belas cutscenes, ótima atuação de Josh Duhamel como Jacob (participou em diversos filmes da franquia “Transformers”), assim como Karen Fukuhara no papel de Dani Nakamura (conhecida como a Kimiko da série “The Boys”). O jogo também está completamente legendado em Português Brasileiro.

Com uma campanha que pode variar entre 11-15 horas, a história de “Callisto” tem seus momentos, mas não consegue se diferenciar em meio a tantos jogos com foco narrativo que saíram nos últimos anos. Também acaba tendo muito de outros jogos similares, com temáticas de surtos e monstros, como “The Last of Us”, “Resident Evil” e o próprio “Dead Space”.

Infelizmente a campanha linear veio acompanhada de quase nenhuma exploração: são muito poucas possibilidades do que se fazer, se não seguir por corredores, enfrentar inimigos, seguir mais corredores, pegar eventuais coletáveis e algum item para abrir uma porta aqui e ali, inimigos e mais corredores. Fazer isso por quase 15 horas torna o game previsível e com grandes chances de tornar sua segunda metade enjoativa, tanto para o jogador quanto para quem está assistindo.

O jogo também não tem nenhum conteúdo pós game: não contém New Game+ ou seleção de capítulos, não tendo assim, nenhum incentivo para ser rejogado.

Narrativa e Combate de “The Callisto Protocol” são afetados pela péssima performance

O combate de “The Callisto Protocol” é o que mais se diferencia de sua inspiração, pois aqui o foco está em combate corpo a corpo, onde as armas de fogos são utilizadas como um auxiliar do combate.
Você tem acesso desde o início a um bastão e conforme progride irá adquirir novas armas de fogo, assim como a possibilidade de realizar upgrades em todos estes equipamentos.

O Combate é em geral realizado contra inimigos 1 vs 1, e você precisa esquivar dos ataques, esperando o inimigo abrir a guarda para retaliar com um contra-ataque mais poderoso, eventualmente permitindo que até finalize com as armas de fogo, para um dano massivo. Esse combate é inicialmente bem divertido.

Porém, existe um grande problema no combate, quando se tem que enfrentar mais de um inimigo ao mesmo tempo. Além do combate não dar muita opção pra conseguir trocar de alvos durante os embates, ele é afetado pesadamente pela performance.

A partir daqui é que entra o principal problema de todo o jogo: Sua performance.

“The Callisto Protocol” de PS4 (assim como as versões de Xbox One) está lotado de problemas de performance e bugs: Demora ao carregar tudo. Os carregamentos após iniciar o jogo ou um checkpoint demoram cerca de 35 a 50 segundos. E após isso, algumas vezes ainda tem cenários não carregados.
Quedas bruscas de FPS durante o combate com mais de um inimigo.

Apesar do jogo rodar a 30FPS no PS4 Pro, todas as cutscenes são travadas em 24FPS, atrapalhando em muito a imersão e fluidez.

A demora dos carregamentos é muito frustrante em um jogo onde você pode morrer algumas diversas vezes para tentar passar por alguma parte difícil. Assim como as quedas de FPS durante os combates, pois muitas vezes você pode morrer devido a performance, e não sua falha.

Até o momento desta review, nem os troféus da versão de PS4 estão funcionando da forma correta. Não se é possível carregá-los na PSN, e por consequência, adicioná-los ao seu perfil. Para poder visualizar eles é necessário acessar a lista de forma offline.

Alexandre Gaara

Curtidor de animes, Reviewer especializado e Platinador de Games