Em 1999, o mundo era agraciado com o primeiro jogo da franquia Tony Hawk’s Pro Skater. Um jogo que ninguém esperava que iria ser um grande sucesso e ganhasse a atenção de muitos jogadores. Fez tanto sucesso que ganhou várias continuações, mas que as últimas acabaram caindo no esquecimento pela queda da qualidade. Mas vamos focar no ápice desse jogo que o sucesso foi tão grande que também alavancou jogos de outros estúdios.

Desde que esse gênero perdeu a sua força, podemos considerar que há uma falta de jogos realmente bons que peguem a essência de entrar numa arena, fazer várias manobras e completar desafios.

E aí Rollerdrome entra na jogada…

Que comecem os jogos (sangrentos)!

Bem, eu primeiro comentei no título que Rollerdrome é um shooter. E ele é realmente um, com uma câmera em terceira pessoa em que você ao mesmo tempo controla a personagem equipada apenas do seu macacão vermelho, um capacete e um par de patins.

No jogo você controla a Kara Hassan, que acabou de entrar nos jogos e precisa subir no ranking para chegar na grande final e se tornar vitoriosa. A história do jogo é bem sucinta e todas as informações do que está ocorrendo está lá de forma opcional. Dá para ignorar tudo e partir apenas para a ação, mas aí o jogador estará perdendo uma pequena parte da diversão que é ver a história avançando. Inclusive pode ser um ponto que o streamer poderá tentar interpretar com o seu público o que está acontecendo entre os campeonatos.

A jogabilidade na parte de movimentação pode ser comparada muito com os jogos de esporte, os de skate especificamente. Rollerdrome tem arenas fechadas com vários percursos para o jogador fazer suas manobras e mostrar suas habilidades. Não chega a ter a profundidade dos jogos que focam nessa jogabilidade, mas dá para fazer muita coisa legal.

Mas se essa parte não tem a profundidade de jogos conhecidos do gênero, a parte de shooter complementa com mais uma camada.

Nessa “parte” de shooter, o jogador conta com um arsenal variado e com a possibilidade de desviar dos ataques inimigos. Tem até um “bullet-time” para ajudar o jogador a acertar alguns tiros nas mais complicadas manobras. Sem falar que também há batalhas contra chefes que são bem feitas e o design dos mesmo são muito bons.

Em Rollerdrome, objetivos desafiantes são os maiores inimigos!

O objetivo do jogo, inicialmente, é o jogador derrotar todos os inimigos. Mas isso apenas não é o suficiente para classificar para as próximas etapas do esporte sangrento. Há vários pequenos objetivos a cumprir para que chegue no necessário para classificar nossa heroína. Não é necessário fazer todos em cada fase para avançar, mas para quem gosta de completar tudo, há objetivos bem desafiantes.

Visualmente, o jogo é muito bonito onde o estilo de arte tenta um pouco simular um visual de HQs com um estilo cellshading muito bem trabalhado. E há transições muito legais entre a história e a ação das arenas. É praticamente impecável.

E claro que não dá pra deixar de lado a parte sonora que tem músicas muito boas e que fazem um trabalho excelente de deixar o jogador e o público imerso na diversão.

Rollerdrome é um excelente jogo para transmitir em livestreams. Gráficos bonitos, excelente trilha sonora e uma jogabilidade muito divertida com lutas contra chefes bem variadas.

Não encontrei nenhum problema técnico sério no jogo, apesar que poderíamos contar com mais opções de idiomas e da confusão dos prompts de botão na tela. Joguei a versão de PC pelo Game Pass e o jogo me mostrava o prompt de teclado nos diálogos, os botões de xbox nos objetivos e os de Playstation nos menus. Isso pode confundir um pouco os jogadores mais casuais, mas não deve ser um problema que impeça de progredir no jogo.

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Katsutoshi