Princess Peach: Showtime!: carismático, inventivo, divertido e traz novidades

Nos últimos anos, cada vez mais a Princesa Peach passou a ser uma participante ativa das aventuras do Mario ao invés de uma mera donzela em perigo. Mais recentemente, no remake de Super Mario RPG, jogo que também fiz review aqui no Gamohol, a Princesa é uma das integrantes do grupo jogável e tem habilidades que reverberam sua personalidade, assim como no jogo original.

Em Super Mario 3D World e, mais recentemente, Super Mario Bros. Wonder, outro título que você pode ler minha análise aqui no site (sendo, pra mim, um dos melhores jogos de 2023), Peach é uma das personagens jogáveis, algo que só tinha acontecido anteriormente em uma aventura principal de Mario em Super Mario Bros. 2, anos atrás. Além disso, participações em spin-offs como Mario Kart, Mario Golf, Mario Tennis e Super Smash Bros.

Mas a Peach, até certo momento, nunca teve um jogo pra chamar de seu… Isso até 2005, com o lançamento de Super Princess Peach, para Nintendo DS. Ainda não tive oportunidade de jogá-lo, mas é um jogo de plataforma 2D no qual, dessa vez, é a princesa que assume o papel de protagonista, enquanto Mario e Luigi foram os capturados da vez.

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Valeu a pena esperar por Princess Peach: Showtime!

Quase 20 anos depois, agora em 2024, a Peach finalmente ganha um novo jogo no qual ela está na condição de protagonista: Princess Peach: Showtime!, desenvolvido pela Good-Feel, empresa associada a Nintendo e também conhecida principalmente pelos jogos mais recentes da franquia Yoshi: Yoshi’s Woolly World (versões de Wii U e 3DS) e Yoshi’s Crafted World (Nintendo Switch), Wario Land: Shake It (Wii) e Kirby’s Epic Yarn (Wii e também sua nova versão para 3DS).

Com tanta experiência com franquias já estabelecidas da Nintendo, dessa vez a Good-Feel teve a missão de dar a Princesa Peach um novo jogo em que ela fosse a protagonista. E eles não decepcionaram.

Princess Peach: Showtime! é um plataforma em 2.5D (um estilo de jogo que parece comum, mas não tanto quando você para pra analisar), explorando muito bem questões de profundidade, exploração de diferentes cenários e os 10 trajes diferentes que a Peach usa em algumas das atrações do teatro tomado pela Manda-Uva Rubi, a grande vilã do jogo.

Apesar da dificuldade bem simples do jogo para completá-lo, o jogo possui alguns desafios para caso você queira coletar tudo o que ele oferece e, ao finalizá-lo, o jogo ainda acrescenta mais coletáveis para te dar uma desculpa para que você reexplore as fases que já fez.

Um lindo jogo para uma livestream

Para uma livestream, o jogo é muito bem-vindo por trazer uma personagem conhecida como a Peach num jogo bonito, exuberante, com mecânicas que variam a cada fase e que não te deixam numa sensação de marasmo constante.

Tanto o jogador quanto quem estiver assistindo vão ficar empolgados e vão se derreter em fofura com todos os detalhes belíssimos do jogo, que também tem localização para várias línguas, incluindo português brasileiro.

Apesar disso, sendo sincero, acho que o jogo, apesar de ter um fator rejogabilidade dentro dos conformes pro gênero, se perde em dois fundamentos: apesar de ser muito fácil de deixar alguns coletáveis pra trás e ter uma desculpa pra revisitar as fases, existem alguns desafios os quais você precisa fazer sem possibilidade de erro e, caso você falhe, precisa por vezes refazer a fase inteira pra tentar pegá-lo novamente.

Algumas fases são muito prazerosas de refazer, enquanto outras não são tão divertidas quanto, sendo que o jogo poderia dar a oportunidade de pular algumas cutscenes, mesmo que integradas na gameplay, algo que já ajudaria na função de gameplay principalmente nos momentos em que você retorna nas fases apenas pelo motivo do collect-a-thon.

O segundo fundamento seria introduzir uma desculpa para revisitar as fases apenas após o término do jogo; apesar da ideia interessante, penso que qualquer coletável poderia ser incluído progressivamente com o avanço do jogo, assim dando uma sensação melhor de progressão e recompensa.

Você terminar o jogo e simplesmente ter mais algo pra fazer, mesmo que opcional, às vezes dá aquela sensação de rejogabilidade forçada. Essas são as únicas grandes falhas dentro do jogo, que de resto é muito bonito e não estraga a experiência completa, que me surpreendeu bastante no seu todo.

O jogo pode ser finalizado, sem se preocupar com todos os coletáveis, em um tempo por volta de 6 a 8 horas. Explorando ao máximo o jogo e, mesmo não se comprometendo a coletar tudo, pode ser zerado entre 10 a 12 horas. Para completar todas as tarefas dadas pelo jogo (o 100% de progresso), há a estimativa de entre 15 a 20 horas para finalizá-lo.

No fim…

Pra um jogo divertido e com um conteúdo considerado ok dentro de um jogo de plataforma, ou seja, não é enjoativo durante a sua gameplay, estendê-lo por tanto tempo no seu fator rejogabilidade pode ser um fardo e, aí assim, enjoar mesmo aqueles que mais gostaram do jogo.

Quanto à questão de performance, o jogo é exclusivo de Nintendo Switch e senti algumas quedas de performance durante algumas cutscenes e telas de carregamento, mas nada que atrapalhasse a gameplay. Ainda assim, fica esse registro.

Ludovicoluka

Tenho 25 anos, produzo conteúdos na internet há 4 anos e gosto de jogos retrô, indies e sou fissurado por conhecer lançamentos. Tenho como meus jogos favoritos Donkey Kong Country 2, Super Mario World, Hollow Knight e Red Dead Redemption II, por exemplo. Gosto de experimentar de tudo e quanto mais, melhor, mas sem nunca largar os jogos que tanto amo!