Primateria traz novidades ao gênero deckbuilder roguelike, mas ainda falta refinamento
O gênero de deckbuilder tem crescido mais e mais a cada ano e sempre algum título traz novidades ao estilo de jogo e em Primateria temos como inspiração Yu-Gi-Oh! Forbidden Memories e sua mecânica de cominação de cartas da mão para criar uma nova mais forte.
Isso é algo que eu não havia visto de volta e é uma mecânica excelente para se ter em um jogo, contudo vamos discutir se isso é suficiente para prender o jogador e o seu público em uma livestream.
Primateria traz jogabilidade rápida e diferenciada
A jogabilidade em Primateria é simples, ao se falar por cima, mas é muito mais profunda após você avançar mais no jogo, onde um pequeno erro pode te custar a jogatina inteira e te dar um belo Game Over na tela.
O jogo funciona de maneira simples: você pode combinar dois monstros de nível inferior somando seus valores, para invocar da sua mão um mais forte e comprar uma carta nova. Por exemplo: 2 monstros de nível 1 se juntam para se invocar um de nível 2. Parece um pouco confuso falando, mas é uma jogabilidade simples como uma conta de adição, onde você combina monstros mais fracos da sua mesa para invocar monstros mais fortes da sua mão.
Em seu combate, você precisa vencer monstros usando mais força do que a atual deles, sendo assim, uma criatura de nível 1 não pode vencer outra com mesmo valor, sendo necessário usar ao menos outra carta em conjunto para combinar os seus valores e destruir a de força inferior.
O jogo tem um bom tutorial que ensina bem as mecânicas do jogo logo de cara, sem abusar da sua estadia, permitindo que você possa começar a jogar logo alguns minutos após iniciá-lo.
Mecânicas de Roguelike ferem mais do que ajudam
Eu sou um grande fã de jogos Roguelike/Lite, mas esse, em geral, eu senti que funcionaria melhor como um jogo focado em história, coletar cartas e enfrentar outros personagens e chefes, similares ao jogo em que ele se inspira, o Forbidden Memories. E claro, o modo roguelike como opção extra de replayabilidade funciona muito bem também.
O que me causou essa sensação foi que gostei mais de enfrentar outros personagens no jogo em um duelo onde ambos estávamos com as mesmas regras, do que fazer as lutas onde você já inicia com inimigos no tabuleiro e tem que destruir todos para avançar, sem precisar zerar toda a vida do oponente, funcionando similar ao um puzzle para se resolver. Cada luta dessas eu não tinha muita empolgação, mas os combates normais do jogo eram empolgantes de se fazer.
O jogo, estando em acesso antecipado, possui o modo missão e o modo infinito, onde se joga praticamente do mesmo estilo, sendo o diferencial que um acaba chegando a um certo nível e o outro só após o jogador perder uma luta.
Testado em sua versão de PC pela Steam, o jogo é super leve e roda tranquilo na maioria das máquinas, permitindo que o streamer traga-o sem problemas para sua live. O jogo está traduzido em 6 idiomas, incluindo nosso português brasileiro, permitindo mais facilidade para o streamer e seu público acompanharem.
Primateria
Conclusão
Em geral, Primateria tem uma direção de arte muito bonita em suas cartas e personagens, uma mecânica muito divertida, que sinto que poderia ser melhor utilizada em outros modos de jogo além do estilo roguelike deckbuilder. Como o jogo continua em acesso antecipado, vamos aguardar o que o futuro trará para esse projeto.