O gênero de jogo de sobrevivência sempre foi um estilo que atrai um público mais específico, afinal, são jogos difíceis em que você é apresentado com poucos tutoriais, quase nenhuma história e você tem que aprender tudo sozinho, com muitas mortes e frustrações nas costas.

Palworld conseguiu chamar atenção suficiente e ter acessibilidade para atrair tanto fãs do gênero quanto pessoas que nunca jogaram o estilo.

Uma grande mistura de jogos que deu certo

Vamos falar logo o que vem na mente de qualquer pessoa que vê um vídeo ou foto de Palworld: sim, esse jogo possui muitas semelhanças com outros jogos famosos como Pokémon, The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Ark: survival Evolved/Ascended, e sim, essa mistura improvável de alguma forma funciona e muito bem.

Jogos de sobrevivência sempre foram mais puxados para algo Sandbox, ao invés de ser um jogo focado em história. Aqui você faz o que quiser em qualquer ordem e o mundo é seu para se divertir.

Em Palworld, você começa criando seu personagem e depois é acordado por três monstrinhos fofinhos na praia e com uma mensagem sobre as torres e a árvore. Após isso, você está livre e o jogo começa, existem uns tutoriais com missões, que pessoalmente, fazem um bom trabalho em guiar um novato no sistema de sobrevivência sem atrapalhar a jogatina.

O grande diferencial aqui está na possibilidade de capturar as criaturas do mundo, chamadas de Pals, cada um único em sua funcionalidade e com habilidades passivas aleatórias, sendo alguns melhores trabalhadores, outros combatentes, ou até negativas, podendo vir um Pal covarde que tem um atributo negativo por isso, sendo então interessante capturar vários para decidir onde cada um vai ficar melhor distribuído.

A jogabilidade aqui é simples e similar a outros jogos de sobrevivência, como Ark: Survival Evolved/Ascended ou Conan Exiles, onde o jogador tem que ficar de olho em sua vida, sua fome e no clima, com roupas para frio e calor, por exemplo, além de construir uma base para se proteger de ataques e ter de manter seus monstrinhos trabalhando em novos equipamentos e gerando recursos.

O combate é em terceira pessoa e em tempo real, onde você pode usar o Pal capturado para lutar em conjunto contigo. É possível lutar com apenas dois monstrinhos ativos de cada vez, porém sendo possível trocá-los a qualquer instante, sendo um combate bem rápido e divertido de se jogar.

É possível lutar com armas de corpo a corpo, contudo o jogo é mais focado na utilização de armas de longa distância, começando com um arco e indo até um fuzil ou uma bazuca, por exemplo.

Exploração prende o jogador e o público que acompanha

O mapa de Palworld é muito grande e existem tantas coisas para se descobrir, tantas criaturas para enfrentar e capturar, que para um streamer trazendo o jogo para sua live não faltarão novidades para mostrar, além de várias situações engraçadas que poderão acontecer durante a aventura, permitindo uma live stream fácil de se fazer e divertida de se acompanhar.

Esse é um jogo em que jogando solo é possível se divertir muito, mas se jogado com amigos, essa diversão e momentos engraçados serão melhores com certeza. Cobri este jogo em live com quatro jogadores e houve diversos momentos em que tanto nós quanto o público estávamos curtindo muito todas as situações.

O limite de jogadores entre amigos é, atualmente, quatro jogadores, porém em um servidor aberto ou privado do jogo, o limite é aumentado para 32. Se você for uma pessoa que possa criar um servidor privado, especialmente para uma live, é possível ter um mundo onde poderá chamar bastante do seu público para jogar contigo.

O futuro de Palworld promete bastante

Sendo um título de acesso antecipado, o jogo não está finalizado, contudo, já é possível ter bastante conteúdo disponível em sua versão atual, podendo construir bases automatizadas, mais de 111 criaturas disponíveis para se capturar, chefes para se enfrentar pelo mapa, além de cinco grandes treinadores bem fortes para jogadores que procuram desafios.

A Pocketpair, empresa responsável pelo jogo, lançou informações sobre o futuro do título, que bateu recorde de jogadores e vendas em sua primeira semana, para surpresa de muitos. O futuro incluirá novos Pals, novos chefes, ilhas, modo PVP e claro, melhorias na jogabilidade e remoção de bugs.

Com todas essas promessas, é difícil não ficar empolgado com o jogo e todo seu potencial. Se a empresa vai conseguir cobrir essas expectativas, apenas o futuro nos dirá.

Diferenças entre Palworld no PC, Xbox e Steam Deck 

Testado em sua versão da Steam, Palworld rodou bem, com alguns pequenos bugs. Tiveram alguns travamentos que me obrigaram a fechar o jogo e abrir novamente, mas nada que atrapalhasse o salvamento do jogo ou minha jogatina. Sendo um título de acesso antecipado, é de se esperar isso, contudo também espero que em sua versão final, esses problemas sejam resolvidos.

Já em consoles Xbox, Palworld foi lançado direto no catálogo do Game Pass, mas fica bastante evidente as diferenças entre a versão para Xbox, mesmo se instalado no computador, e na versão para Steam.

Os bugs na versão para Xbox são muitos, desde o começo do jogo, quando alguns itens de menu não estão disponíveis, mas a Pocketpair já está trabalhando em correções, inclusive já tendo publicado a primeira delas recentemente.

No Steam Deck a questão é um pouco diferente. Enquanto segue atualizada com a loja Steam, no Deck a jogabildiade acaba um pouco mais comprometida devido a travamentos constantes no jogo após alguns minutos de jogatina, precisando reiniciar o console da Valve manualmente para retornar ao jogo.

Ainda não se sabe se esse problema é uma questão de hardware do Steam Deck ou do software de Palworld, de qualquer forma, esse problema é apresentado somente no jogo da Pocketpair, enquanto em outros títulos, teoricamente mais pesados, o console portátil da Valve oferece um bom desempenho.

Atualizações para resolver essa questão, seja do sistema do Steam Deck ou do Palworld, são ansiosamente esperadas pelos jogadores.

Atualmente Palworld está disponível em um total de 11 idiomas, incluindo nosso português brasileiro.

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Fezudu