Moonscars: uma mistura de gêneros de jogo em um universo misterioso
Uma mistura de gêneros, principalmente no meio dos jogos indie, são os metroidvania com elementos soulslike (ou vice-versa). Entre os principais exemplos, podemos citar “Salt and Sanctuary”, que é bem puxado para a jogabilidade tradicional do gênero souls, “Hollow Knight”, que tem a pegada tradicional dos metroidvania com grandes desafios e “Blasphemous”, tendo uma dificuldade acentuada e uma lore construída, principalmente, por meio da descrição de itens e quests dadas por NPCs ao longo da sua jornada.
Esses jogos construíram uma grande base de fãs e são sucessos, também, em streams ao longo da internet e inspiraram a criação de outros títulos, como “Moonscars”.
Moonscars: o bom e o ruim
“Moonscars” parece se inspirar, principalmente, em “Blasphemous”, pela parte estética, e tenta ser misterioso em sua ambientação e construção de personagem e mundo, o que o torna interessante em seu início. Todos os diálogos com NPCs, desde o princípio, são meio confusos, mas não necessariamente desinteressantes, principalmente para quem se interessa em construção de mundo.
Já a gameplay e combate, por outro lado, se constrói de uma forma interessante, mas te deixa muito perdido no início do jogo. A principal dificuldade se dá por meio de o como o combate se introduz e o como desvendar o padrão dos inimigos e o como enfrentar diversos inimigos ao mesmo tempo, tal qual um soulslike, principalmente no seu início. Esse não é necessariamente um problema, mas o jogo não te dá necessariamente um respiro para aprendizado e pode frustrar os jogadores com menos experiência.
A exploração do jogo, para um metroidvania, é muito linear e não tem grandes construções ou elaborações, focando principalmente no combate, mas comparando com outros metroidvanias e até mesmo os citados acima neste texto, isso faz com que esse jogo não seja um grande destaque. Ele gera uma curiosidade a pessoas que buscam por jogos com essa temática e pode ser um atrativo em streams, mas não é um jogo que se sustenta por tanto tempo.
O foco para uma livestream
Em mais detalhes, sinto que esse jogo, para uma livestream, ficaria ofuscado já que o jogo em si não seria o grande foco.
Apesar da temática, ele por si só não é chamativo o suficiente para cativar toda uma audiência, apenas pode interessar o nicho em específico que foi citado durante o artigo: aqueles que gostam de jogos metroidvania com a temática de soulslike.
Sinto que uma forma de engajamento maior sobre o jogo seria tentar se aprofundar na história, por mais confusa que ele seja, ou até mesmo jogá-lo se o seu público se interessar por jogos deste mesmo gênero, o que eu diria que é a estratégia mais interessante. Em questão de performance, o jogo roda muito bem em qualquer computador e pode ser facilmente transmitido também, já que não é um jogo que exige grandes especificações técnicas.
“Moonscars” está jogável com Xbox Game Pass.
Moonscars
Conclusão
Moonscars é um jogo com uma pixel art lindíssima, combate interessante, construção de universo misteriosa e curiosa, mas que parece não se sustentar em sua repetição e aplicação de seus conceitos. O jogo tenta ser metroidvania, mas é muito linear, e tenta ser soulslike, mas não se diferencia dos demais títulos existentes, sendo um jogo apenas na média para o gênero. Para uma livestream, sinto que o jogo pode ficar ofuscado, o que seria negativo para o jogo mas não necessariamente para a stream, mas é bom de se considerar que talvez o jogo em si não seria um grande destaque, apenas para fãs de um nicho específico de jogos e, assim sendo, é um jogo indicado para àqueles mais aficcionados em metroidvanias e soulslikes.
Tenho 25 anos, produzo conteúdos na internet há 4 anos e gosto de jogos retrô, indies e sou fissurado por conhecer lançamentos. Tenho como meus jogos favoritos Donkey Kong Country 2, Super Mario World, Hollow Knight e Red Dead Redemption II, por exemplo. Gosto de experimentar de tudo e quanto mais, melhor, mas sem nunca largar os jogos que tanto amo!