LUDOVICOLUKA

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Quando você começou a fazer lives?

Comecei a fazer streams no início de Novembro de 2018.

O que fez você decidir começar um canal de live streaming?

Neste período de 2018 eu tive algumas reviravoltas na minha vida e conheci o canal do Cogumelando na Twitch, um dos maiores canais de conteúdo retrô do Brasil e hoje em dia mais focado em conteúdos sobre jogos no geral no YouTube. Tanto que o meu início nas lives foi muito focado em jogos retrô que eu jogava na infância, como Donkey Kong Country, Super Mario World e Crash Bandicoot.

O meu pontapé inicial para fazer minhas primeiras transmissões foi a inspiração de um produtor de conteúdo querido, a verdade da possibilidade de fazer um projeto no qual eu acreditava e, inicialmente, levar como hobbie e trazer para transmissões com outras pessoas o meu amor por jogos. Hoje, chamo o ato de streamar como uma profissão por si só, não apenas um hobbie

Você trabalha além do seu canal de live streaming?

Atualmente foco 100% nas streams, mas tenho formação em Gestão Empresarial e conciliaria as streams com um emprego formal, se possível e se preciso.

Qual foi o momento decisivo que fez você perceber que poderia fazer dinheiro e provavelmente ganhar a vida através do seu canal de live streaming?

A partir do momento em que percebi que os anos foram passando e o canal foi estabilizando, enquanto eu produzia meus conteúdos da minha maneira. Poder fazer as coisas com estilo próprio e tirar uma renda disso é uma sensação muito boa. Streamar é algo que não é tão fácil e, com certeza, não existe uma fórmula certa para isso, mas ter recebido oportunidades, jogos para testar em live, ajudas de viewers e parcerias foram conquistas fundamentais para estar streamando há mais de 5 anos!

Que tipos de jogos você gosta de transmitir?

Sou um streamer de variedades: jogos retrô, os grandes clássicos, sempre são aqueles que vou dar um tempinho pra trazer, assim como jogos indie e lançamentos sempre que possível. Mas tenho preferências por jogos de plataforma, seja 2D ou 3D, metroidvanias, jogos de aventura, FPS no estilo de Doom e jogos de história com gameplay como The Last of Us, God of War (2018), Life is Strange, Red Dead Redemption 2, dentre outros. Ainda assim, considero-me um explorador e uma pessoa disposta a experimentar jogos.

Sua audiência mudou de alguma forma os tipos de jogos que você costuma jogar em suas lives?

A minha maior vantagem de ser um streamer de variedades com base em jogos retrô é a fidelidade do chat: os meus viewers são muito abertos a conhecer jogos novos, incentivam e até mesmo sugerem jogos diversos. Porém, jogos com muito foco em história e menos gameplay acabando tendo menos interação do chat se não trazidos de uma forma compassada e com um nível de atenção e dedicação da minha parte.

Algum jogo te surpreendeu durante uma transmissão? Seja para o melhor ou para o pior?

Em stream, as mais surpreendentes experiências que já tive foram com jogos de mecânicas diferentes, como as de Outer Wilds, Before Your Eyes e Bokura, sendo destaques positivos. De jogos que sempre fui curioso e nunca tive oportunidade de jogar, A Hat in Time, Banjo Kazooie, a franquia Doom num geral, Half-Life e Half-Life 2, Portal 2, Earthbound, Resident Evil 2 e 4 Remake, Chrono Trigger, God of War Ragnarok e os remakes de Spyro são fenomenais. E eu tenho apenas uma grande decepção com jogos em live, que é com certeza Banjo-Tooie: Criei expectativa por ter amado Banjo-Kazooie e não consegui me divertir na sequência, sendo um dos poucos jogos que realmente me frustrou de verdade.

Qual você considera sua maior conquista como um streamer? Tanto pessoalmente como profissionalmente?

Conseguir me manter mais de 5 anos fazendo lives é um baita feito, mas também ter conseguido trabalhar como beta-tester de forma ativa, fazer parte da equipe da Gamohol, ter feito parte de diversos outros projetos, ter o apoio da Bandai Namco, uma empresa que conheço desde criança e que pude jogar jogos que conhecia de criança como Klonoa e Pac-Man World em live por conta do apoio deles, em 2022, em um momento em que eu quase desisti de fazer lives. Ter o apoio dos meus amigos e ter conhecido amigos das lives pessoalmente e saber que, mesmo não diretamente, consigo ajudar de alguma forma, mesmo que não tenha dimensão do quanto eu consiga ajudar por meio das minhas lives. E, por mais clichê que soe, ter os meus sonhos vivos dentro de mim, por meio de cada conquista alcançada.

Quais foram seus maiores erros quando você começou a fazer lives?

Não saber dizer “não” para viewers abusivos e não ter controle do chat. O que eu prezo, hoje, é por um ambiente no qual eu possa ter uma comunicação clara com as pessoas do chat, no qual eu tenha pessoas pra conhecer, no qual eu também tenha amigos presentes, mas que em nenhum momento nenhuma pessoa ache que possa ultrapassar meus limites pessoais ou os limites pessoais de qualquer pessoa ali presente. Todo streamer erra em critérios técnicos, aprende a mexer nos programas, mas eu diria que a parte mais difícil de streamar é lidar com o fator humano. E isso inclui lidar consigo mesmo.

Quais dicas você poderia dar a streamers iniciantes que você gostaria de ter recebido quando estava começando?

Confie no que você tem a dizer e faça o que você ache que tem a ver com a sua live, pois isso vai atrair as pessoas que mais tem a ver com a sua live. Saiba impor os seus limites pessoais e não deixe as pessoas te desrespeitarem, independente se essas pessoas te ajudem muito financeiramente ou sejam suas grandes amigas. Respeito é algo necessário, tanto do streamer para o chat quanto do chat para o streamer. E tentar brincar, dar risada e se divertir… Independente do seu objetivo, mesmo que ele seja se profissionalizar, as coisas são sempre melhores quando você se diverte com aquilo que você está fazendo.

O que se pode esperara de sua live stream quando chegamos em seu canal pela primeira vez?

Trocadilhos ruins, uma variedade de jogos, mais trocadilhos (mas às vezes alguns bons, eu prometo), lançamentos quando possível, conversas sobre todos os assuntos possíveis e imagináveis e interatividade com o chat, um ambiente saudável e acolhedor, com respeito e sem preconceito.

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