Mato Anomalies

Mato Anomalies: Repetitividade e história sem inspiração tiram a chance de uma boa experiência

Mato Anomalies é um RPG por turnos que se inspira no estilo dos jogos da Atlus (Persona, para ser mais exato), mas que traz algumas misturas para ter seu diferencial e tentar capturar a atenção dos jogadores. Mas em que o jogo acerta e no que ele erra?

Xangai no futuro

A trama de Mato Anomalies se passa em uma Xangai futurista, que se inspira bastante na conhecida temática cyberpunk. Visualmente o jogo tem uma ótima qualidade, com cutscenes que tentam simular uma página de HQ, fazendo um contraponto com diálogos de personagens em caixa de texto, que inclusive têm algumas ideias aproveitadas de outros jogos, em que, para dar mais detalhes do que acontece na tela, utiliza-se de imagens que aparecem entre os retratos dos personagens que fazem referência a um objeto que está sendo inserido na conversa.

Mas infelizmente, um dos pontos negativos do jogo é ter um diálogo carregado de “Technobabble” para tentar impressionar e convencer o jogador que os personagens são de extrema capacidade. Mas isso tem um efeito contrário, principalmente em livestream, onde o gênero RPG é famoso por ser difícil de cativar espectadores por um longo tempo.

Mato Anomalies
Foto: Divulgação

A história de Mato Anomalies

No jogo, você controla o detetive Doe, que no início do jogo é sequestrado e forçado a investigar uma série de eventos a mando de sua sequestradora. Logo após alguns tutoriais, você acaba conhecendo Gram, uma espécie de ninja/exorcista que seu único objetivo é derrotar as criaturas do jogo. Então, o jogo divide as tarefas onde Doe cuida da parte da investigação e Gram fica com o trabalho pesado de lutar contra os inimigos e claro, depois você acaba conhecendo outros companheiros para ajudar na campanha.

Além disso, Mato Anomalies também apresenta um modo de batalha estilo Card Game, onde é a vez de Doe mostrar trabalho. É uma mistura de ideias que não é novidade, mas a maneira que as jogabilidades são separadas pode interessar jogadores e espectadores, já que isso pode oferecer algo diferente de apenas batalhas por turno.

As batalhas por turno acabam por ser um outro problema do jogo, por serem muito repetitivas. Somado a isso temos inimigos com com design com pouca inspiração, sistema de batalhas muito simples e dungeons que são corredores flutuantes onde a maior variedade é apenas o visual e tudo isso acaba por se tornar entediante muito rápido.

Apesar do jogo não apresentar nenhuma dificuldade desbalanceada nas seções de RPG, o Card Game, assim como o RPG, acaba ficando desgastado por ser simples demais.

Futuro incerto 

Apesar dos problemas, não posso tirar o mérito do jogo possuir ideias muito boas, principalmente as visuais, com muitos designs bem detalhados. Por exemplo, a cidade que serve como um hub principal, que tem um design bem único.

Há também uma boa forma de locomoção que, por evocar uma ideia de ser uma cidade que pode se tornar um labirinto para novas pessoas, visitar outras áreas não requer que o jogador ande sem rumo, bastando apenas selecionar a área desejada. Seria interessante ver os desenvolvedores aproveitando essas boas ideias em um outro jogo mais polido.

Por fim, o jogo não apresentou nenhum problema de desempenho e para os fãs que queiram conferir o jogo, ele não deve apresentar nenhum desafio para transmitir em livestream.

Mato Anomalies

PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series, Nintendo Switch (2023)

Performance
Streamabilidade
Engajamento
Fator Replay/Conteúdo

Conclusão

Mato Anomalies é um jogo com uma arte visual boa mas que acaba errando em pontos cruciais, com jogabilidade muito repetitiva e história cheia de jargões que acabam por perder a atenção do jogador e do espectador.

2.3

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