Killer Frequency: uma escape room, onde não é você quem deve escapar

O que mais gosto nos jogos independentes é que, quando se trata de imaginação e inovação, o céu é o limite. Se você acha que já viu o suficiente dessas novas ideias, pense duas vezes! Porque Killer Frequency coloca você no papel de um programa de rádio noturno ambientado em uma cidade deserta onde parece que um velho assassino em série ressuscitou e matou o xerife da cidade, então agora você deve atender as ligações para o 911 enquanto estiver no ar. Pode parecer absurdo, mas isso é só a ponta do iceberg.

The Whistling Man, um nome convenientemente engraçado e assustador para um serial killer, está solto matando os cidadãos de Gallows Creek e seu novo trabalho é salvá-los do confinamento de seu estúdio. Mas como alguém realiza uma tarefa tão assustadora? Bem, dando instruções através de um labirinto, ensinando-os a ligar um carro ou ajudando a aplicar os primeiros socorros, apenas para citar alguns. Você nunca vê o que está acontecendo do outro lado da linha, mas é isso que traz o grande nível de suspense do jogo, que combinado com o tema do jogo de comédia e terror dos anos 80 é apenas um estouro.

Resolva quebra-cabeças, salve vidas

Killer Frequency pode ser facilmente descrito como uma escape room, mas com a reviravolta de que você não é quem deve escapar. Embora eu confesse explorar um escritório vazio de um programa de rádio no meio da noite, onde um assassino ameaçador e quase sobrenatural espreita nas ruas, te prende com medo, ainda assim você não é o único que está sendo perseguido por The Whistling Man e sua lâmina mortal.

Cada chamada recebida é um quebra-cabeça, que pode ser resolvido com informações fornecidas pelo chamador, pistas sobre seu escritório e, mais importante, suas escolhas. Os quebra-cabeças variam desde os fáceis de ler as etapas de um manual até os mais desafiadores, como guiar uma próxima vítima por um labirinto. Embora às vezes quase não haja limite de tempo para resolver um quebra-cabeça, o conhecimento de que a vida de alguém está em jogo mantém você na ponta da cadeira.

A cada ligação, a cada hora que passa e a cada pessoa que você consegue salvar do The Whistling Man, você fica um passo mais perto de descobrir a verdade. O jogo tece uma narrativa intrigante que mistura perfeitamente comédia e terror, homenageando os melhores filmes de terror dos anos 80.

Embora a história tenha um ritmo quase perfeito, o mesmo não pode ser dito dos quebra-cabeças. Sem muitas variedades entre as pistas e a mecânica do quebra-cabeça, no meio do jogo, eles ficam um pouco repetitivos, mas positivamente o jogo não é longo e a história o mantém seguindo em frente.

Killer Frequency: Apresentador de rádio vs Streamer

O conceito de um apresentador de rádio que se esforça para salvar vidas com a ajuda de seus ouvintes e chamadores tem uma notável semelhança com toda a ideia de streaming. É por isso que acredito que transmitir Killer Frequency com o objetivo de completar os quebra-cabeças com a ajuda dos espectadores e juntar as pistas para desvendar o mistério principal é um paralelo perfeito com a premissa do jogo, o que o torna um jogo perfeito para streaming.

Com quase 3 a 4 horas de duração, também é possível transmitir o jogo inteiro em uma transmissão, o que acredito ser uma experiência divertida e acolhedora para os espectadores. Killer Frequency oferece uma oportunidade única de jogabilidade interativa, onde você pode envolver seus espectadores na resolução de quebra-cabeças, compartilhando suas teorias sobre a história e tomando decisões. Uma história de terror e comédia de primeira linha combinada com quebra-cabeças e vibrações dos anos 80; você tem uma sessão de streaming noturna perfeita.

Pedram Bahadori