Iris and the Giant conquista com belíssima arte e jogabilidade simples
“Iris and The Giant” é um dos casos de jogos indies que conquistam o jogador com gráficos lindíssimos, estilizados, e uma história profunda e que foca nas tristezas e traumas da protagonista. Em questão de progressão de história, lembra um pouco o sucesso de GRIS. Esse tipo de jogo engaja em stream por conta da possibilidade do público se conectar com os personagens e ter uma conexão além da gameplay.
Indo pra parte de gameplay, o jogo foca no estilo de jogo de cartas (deckbuilding), lembrando o clássico Slay the Spire, o indie Dicey Dungeons, o mais recente sucesso Marvel Snap, entre outros. Porém, o jogo foca na simplicidade e uso de cartas em um sistema de jogo em turnos, onde você precisa sobreviver, matar a horda de personagens em cada andar e ir progredindo e evoluindo a sua personagem principal.
A progressão do jogo se dá de forma roguelike, onde cada andar se dá de forma procedural e inimigos diferentes podem aparecer de acordo com a partida. Ao avançar das partidas, você desbloqueia novas cartas, mascotes pra te acompanhar nos andares e outras possíveis ajudas.
Repetição é a chave em “Iris and the Giant”
Em questão de conteúdo, justamente por se tratar de um jogo de tentativa e repetição, é um jogo que envolve muitas partidas, e pra criadores de conteúdo que gostam de jogos do gênero roguelike, ele engaja no aprendizado do jogo desde o começo com o tutorial bem instrutivo e explicativo, tentativas e trocas com os espectadores, mas pode cair no enjoo por conta da repetição e/ou frustração, principalmente aos que não são acostumados com esses gêneros (deckbuilding e roguelike).
Na parte de história, o jogo também é bem imersivo mas, de certa forma, sinto que em alguns momentos a parte de jogatina fica dissonante com a história em si, o que não é um defeito, mas a cada andar que se passa poderiam ter mais intersecções de histórias e memórias da personagem para que o envolvimento com a protagonista fosse ainda maior.
Em questão de otimização, o jogo roda muito bem na versão de Playstation 4, que foi a que testei, e não parece exigir muito nas versões de computador e de outras plataformas em que foi lançado. Tem bastante opções e também legendas para diversas línguas, inclusive Português-Brasileiro, um ponto positivo para o jogo e para ajudar na imersão.
Iris and the Giant
Conclusão
Iris and the Giant tem uma arte estupenda, uma história de fundo belíssima e sublime com uma gameplay simples de fundo, que às vezes peca por não ajudar a progredir tanto na história enquanto dura a gameplay, mas não acaba sendo um grande pecado por ser um jogo divertido e que ensina bem suas mecânicas desde o início, por envolver diretamente o jogador e não deixar alheio àqueles que estão acompanhando, o que ajuda também, de certa forma, a sua performance em stream, apesar da possibilidade de enjoamento e desinteresse com o passar das tentativas.
Tenho 25 anos, produzo conteúdos na internet há 4 anos e gosto de jogos retrô, indies e sou fissurado por conhecer lançamentos. Tenho como meus jogos favoritos Donkey Kong Country 2, Super Mario World, Hollow Knight e Red Dead Redemption II, por exemplo. Gosto de experimentar de tudo e quanto mais, melhor, mas sem nunca largar os jogos que tanto amo!