Dragon Ball: The Breakers é a aposta da Bandai em outros gêneros

O gênero de jogo multiplayer assimétrico cresce com os anos com alguns sucessos como “Dead By Daylight” ou “Among us” e alguns fracassos como “Friday the 13th: The Game” e “Evolve”, este último que está retornando gradualmente. Então tivemos a surpresa pelo lado de BANDAI de nos trazer um multiplayer assimétrico de anime com o tema de Dragon Ball Z: “Dragon Ball: The Breakers”.

A premissa difere e nos trouxe estranheza, afinal não é nada visto antes. Animes tendem a ser super exagerados com poderes e magias avassaladoras, como trazer isso para o gênero e fazer funcionar?

Grandes ideias, muito potencial, problemas na execução

Eu possuo uma certa experiência com jogos de multiplayer assimétrico, então consegui pegar o jeito do jogo rápido. Para novatos, “Dragon Ball: The Breakers” tem um tutorial que deixa a desejar e que não te ensina bem a jogar, o que acaba sendo bem comum dentro desse gênero, infelizmente. Ele tem uma curva de aprendizado alta, que depende de múltiplas partidas e derrotas até você aprender realmente como jogar, o que pode afastar alguns dos novos jogadores.

A jogabilidade se resume a dois estilos, o Sobrevivente e o Invasor, são sete sobreviventes no total e um invasor.

Dragon Ball: The Breakers
Foto: Divulgação

O Sobrevivente deve, como o nome diz, sobreviver e escapar, ou derrotar o jogador invasor. Para isso ele tem múltiplas ferramentas e habilidades, dentre elas objetos e poderes clássicos da série, como a nuvem voadora, Kaikoken, cápsula Saiyajin, dentre outros.

Fundamentais para a vitória, é necessário se fortalecer durante a partida com cápsulas de poder, resgatar NPCs, achar itens e chaves e até se transformar temporariamente em seus personagens favoritos de “Dragon Ball”, como Goku ou Vegeta. Ative todas as chaves e a máquina do tempo e fuja, ou fique mais forte que o invasor e derrote-o.

O Invasor, por outro lado, deve sair caçando os jogadores e os NPCs no mapa para se fortalecer, podendo destruir até certas zonas do cenário limitando a exploração dos sobreviventes. Cada invasor é bem único em sua jogabilidade: Cell é mais terrestre no começo com uma grande variação de habilidades, podendo cegar os oponentes e seguir seu KI; Freeza possui seus capangas para ajudar a localizar os jogadores e o Majin Buu pode absorver os jogadores para dentro do seu corpo, levando-os a outro mapa exclusivo dele.

O jogo utiliza um sistema de Gacha para conseguir novas habilidades e acaba sendo um sistema bem predatório para o jogador, que já gastou comprando o jogo. É um sistema usado para jogos gratuitos e eu penso que não deveria ser usado nesse jogo, não dessa forma. A mesma moeda de gacha é a usada para comprar roupas e acessórios, com os mais legais sendo adquiridos com moedas que se compra com dinheiro real. Já o passe de batalha só pode ser progredido com recompensas diárias e semanais, atrapalhando a progressão.

“Dragon Ball: The Breakers” é divertido para uma transmissão, porém não agradará a todos

Em uma transmissão ao vivo e acompanhado de amigos, “Dragon Ball: The Breakers” pode ser bem divertido e trazer momentos bem engraçados, mas ele pode ser confuso para quem não conhece o gênero de multiplayer assimétrico. Testei a versão para PC (Steam) e precisei reduzir um pouco as opções gráficas para rodar melhor nas transmissões, alguns amigos também tiveram problemas, com jogo chegando a congelar ou até mesmo fechar durante a partida.

O matchmaking possui momentos que podem demorar, chegando a levar até dez minutos. Isso pode deixar a live um pouco arrastada e afastar algumas pessoas, quando você morre no jogo e tem alguns segundos para ser revivido, abre uma brecha para conversar com seu público, mas durante a jogatina qualquer distração é fatal.
Mas vale a pena dizer que o jogo está traduzido em vários idiomas, incluindo Português, com legendas enormes, o que o torna muito acessível para assistir.

A opinião de um novato em multiplayer assimétrico, por AlexandreGaara

Dragon Ball: The Breakers
Foto: Divulgação

Como um novo jogador para o gênero de multiplayer assimétrico, tive bastante dificuldade nas primeiras partidas. O tutorial do jogo infelizmente não ajudou em quase nada. Precisei de dicas de um jogador que já havia aprendido sobre o game para conseguir começar de fato a ter uma boa experiência com o jogo.

Tenho um elo bem grande com Dragon Ball, porém a complexidade em apreender a jogar “The Breakers” tirou uma parte do meu interesse por ele.

As ideias são interessantes, mas senti que a parte de combate do game poderia ser um pouco mais simples, tanto pro Invasor quando pro Sobrevivente. O Combate tem comandos muito incomuns para a parte de luta. Mesmo sendo do Gênero assimétrico, acredito que poderiam dar um pouco mais de destaque para essa parte do jogo, se aproveitando da temática de Dragon Ball, que acredito que seria o principal chamativo dessa mistura incomum entre temática Anime e Gameplay Assimétrica.

Dragon Ball: The Breakers

PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series, Nintendo Switch (2022)

Performance
Streamabilidade
Engajamento
Fator Replay/Conteúdo

Resumo

Mesmo com todo seu potencial, o futuro de “Dragon Ball: The Breakers” é incerto. O jogo tem vários pontos positivos e acredito que atrairia mais jogadores se fosse gratuito, já que possui mecânicas como moedas em dinheiro real e um passe de batalha difícil de progredir. Não é um jogo para todos, porém se você gosta do gênero e consegue conduzir a stream explicando ao público ou jogando com amigos, é possível que tenha um bom retorno para live.

3.3

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