Contra: Operation Galuga – A tentativa falha do resgate de um nome clássico
Se você entrou nesse artigo tenho quase certeza de que é alguém que é fã da franquia Contra ou provavelmente é uma pessoa muito curiosa pelo legado de uma das franquias mais famosas do gênero run ‘n gun (corre e atira) com ação, tiroteios e adrenalina desenfreados.
Depois de um lançamento curioso com Contra: Rogue Corps, a Konami quis se redimir voltando aos moldes clássicos que fizeram com que Contra se transformasse em um nome gigantesco no mercado, dessa vez chamado de Contra: Operation Galuga.
Contra: Operation Galuga é uma lembrança do passado?
Como eu havia comentado, Operation Galuga tenta seguir tão fielmente os moldes dos Contras mais antigos que trás muito do que foi introduzido na série nos jogos de Super Nintendo e Mega Drive, com a possibilidade de carregar duas armas diferentes ou iguais, dependendo do seu gosto, além da possibilidade de upgrades nas armas que você estiver utilizando.
Além disso, Operation Galuga é um tipo de “remake” que tenta “continuar” o primeiro jogo!?
De início eu achei estranho, mas consegui entender a ideia, visto que Contra nunca foi uma franquia que teve um apelo tão grande no mercado…
Tudo isso parece interessante, né… né?
Então, depende…
Apesar de seguir fielmente a quantidade de fases do jogo original lançado no Nintendinho, lá em 1987, aqui aqueles cenários onde você anda por um corredor foram substituídos por fases de motinha, o que parece interessante, até você usá-las.
As vezes tive a sensação de que foi uma tentativa de inovação que acabou deixando o jogo com coisas novas, mas não tão interessantes, principalmente pros padrões de hoje.
A mesma essência, mas com algumas coisas novas
A essência de Contra continua aqui, tiro pra todo lado, dificuldade alta, novos modos de jogo com desafios diferentes, novos personagens e velhos camaradas de batalha, só que ao mesmo tempo eu particularmente senti que eles acabaram bastante no fator replay.
Apesar de existir um modo com desafios, os desafios não adicionam praticamente nada de diferente no jogo em si, você segue os mesmos 8 cenários do modo história, só que com uns objetivos sem sentido “a mais” no meio deles, sem contar que o modo campanha apesar de adicionar um contexto interessante no lore da franquia, acaba de certa forma “segurando demais” o jogador com diálogos extensos e ás vezes desnecessários.
Apesar desses problemas jogar com 4 pessoas é uma boa pedida, visto que a dificuldade do jogo é de certa forma escalada de acordo com a quantidade de jogadores na partida.
O jogo é bom para uma livestream?
Então me veio a duvida, eu recomendaria esse jogo pra você?
E novamente respondo, depende…
Contra: Operation Galuga, é o tipo de jogo pra pessoas muito fãs da franquia, pra novos jogadores talvez não seja tão atrativo, então se seu publico for do tipo que gosta muito de jogos run ‘n gun e da franquia Contra em si, é interessante sim trazer em stream e até mesmo jogar com eles.
Agora se você for o tipo de criador que gostaria de se aventurar e trazer pro seu público, bem, acho que existem opções mais interessantes e inovadoras dentro do gênero ou até mesmo da própria franquia como os jogos mais antigos, que com certeza agregariam mais do que o ultimo lançamento de Contra.
Contra: Operation Galuga
Conclusão
Apesar de ter novos modos de jogo, Contra: Operation Galuga se apoia tanto no passado que deixa a impressão de ser um jogo datado pros dias de hoje, sejam pelos seus gráficos “ultrapassados” pra uma empresa de renome como a Konami, como sua dificuldade em adicionar desafios realmente interessantes após sua primeira finalização da sua curta campanha, transformando o game em só mais um dentro do minúsculo nicho de run ‘n gun.