Berserk Boy: Inspirado em Mega Man, é um bom jogo de plataforma com sua própria identidade

A franquia Mega Man, criada pela Capcom, tem muitas séries, começando pela série clássica no NES a partir de 1987, contando com 11 títulos, tendo como grande destaque as fraquezas dos chefes criativos de poderes múltiplos, mas também desafiadores, assim como as fases.

O sucesso continuou com a série X, iniciada em 1993 no Super Nintendo, com uma gameplay mais dinâmica e fazendo um melhor uso do novo hardware da empresa japonesa. Nos portáteis GBA e Nintendo DS, iniciando em 2002, chegaram as franquias Zero e ZX, não tão bombásticas quanto as anteriores mas um grande sucesso entre os fãs de Mega Man.

Berserk Boy puxa a sua jogabilidade principalmente mais para os Mega Man Zero e Mega Man ZX, ainda mais rápidos e, literalmente, “berserkando”, ou seja, indo pra cima com tudo dos inimigos que você encontra pela frente.

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A exploração é encorajada

Dar dash, usar pulso elétrico e, com o avanço do jogo, desbloqueando outros poderes enfrentando chefes e podendo revisitar fases pra encontrar coletáveis que vão ser úteis na sua progressão do jogo, seja para desbloquear missões extras, seja para desbloquear upgrades para os seus power-ups ou, até mesmo, acumular coletáveis para descobrir ainda mais segredos.

A gameplay do jogo é muito satisfatória, responsiva e o jogo tem uma dificuldade bem equilibrada, além de instigar bem a exploração. Talvez alguns defeitos sejam a repetição dos mesmos inimigos mas, principalmente, dos mini-bosses em fases repetidas, mas o jogo compensa na mesma dose com o bom uso dos novos poderes não apenas para enfrentar os inimigos, mas para a progressão dentro das fases, as mecânicas que o jogo vai apresentando organicamente e até mesmo, como citado anteriormente, o incentivo a reexploração das fases anteriores para coletar os itens restantes.

[neste próximo parágrafo trarei um leve SPOILER referente a uma mecânica importante do jogo, caso não queira tomar esse SPOILER, fique ciente]

A parte final do jogo, após você derrotar o Genos, o boss final do jogo, soa estranha. O jogo não sobe créditos, você ganha uma conquista que te deixa intrigado e pensando sobre se algo está faltando e se mais coisas podem ou devem ser feitas.

Berserk Boy tem alguns coletáveis, dentre eles, os soldados da resistência que você resgata nas fases que desbloqueiam desafios de tempo, que são opcionais, e as medalhas (que tem uma letra B como símbolo).

Após derrotar o Genos, você precisa interagir com alguns NPCs específicos e coletar 50 dessas medalhas para poder progredir para realmente zerar o jogo, fazendo um boss rush e progredir para a verdadeira batalha final do jogo.

A grande questão é que o jogo não deixa claro a obrigatoriedade de coletar tais itens para o zeramento do jogo, o que eu posso dizer que é o grande defeito do jogo.

Eu gostei do jogo e voltei nas fases para coletar o que eu quisesse coletar por ter me divertido com o jogo, mas nem todo mundo tem a obrigação de o fazer ou até mesmo necessariamente de gostar deste recurso, por isso pondero essa reflexão e coloco esse ponto, mesmo com spoilers, por achar necessário à review do jogo.

Berserk Boy pode te dar bons materiais para uma live stream

Agora, passados os spoilers e as mecânicas do jogo, esse jogo é bem interessante de se trazer em live stream. Com vibe retrô e inspirado em um grande clássico como Mega Man, ele agrega valor, tem boa jogabilidade e é um jogo de plataforma bem prazeroso de se jogar em uma transmissão.

Além de ter belos visuais em pixel art e uma trilha sonora liderada, inclusive, por Tee Lopes (Sonic Mania, o trabalho que o alçou a grande prestígio no meio, Penny’s Big Breakaway, outro lançamento recente, Sonic Superstars, Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge, entre outros).

O zeramento do jogo, considerando todos os pormenores do jogo, pode ser feito entre 6 e 8 horas de jogo, enquanto explorar todos os demais coletáveis e achievements do jogo pode durar entre 12 e 15 horas de jogo, podendo durar até mais.

O jogo não é enjoativo e dura uma quantidade de tempo considerável para o que oferece, além de em performance ser bem acessível para transmissões em livestreams ou para outras pessoas que queiram jogar o jogo em seus computadores, mesmo que não tenham grandes configurações ou setups.

Ludovicoluka

Tenho 25 anos, produzo conteúdos na internet há 4 anos e gosto de jogos retrô, indies e sou fissurado por conhecer lançamentos. Tenho como meus jogos favoritos Donkey Kong Country 2, Super Mario World, Hollow Knight e Red Dead Redemption II, por exemplo. Gosto de experimentar de tudo e quanto mais, melhor, mas sem nunca largar os jogos que tanto amo!