ArcRunner – Divertido e desafiador, mas com escolhas visuais incômodas
ArcRunner é um jogo Roguelike que foca na ação utilizando uma temática cyberpunk. Temos no pacote uma jogabilidade de tiro em terceira pessoa com habilidades corpo a corpo e acessórios. O que não é uma jogabilidade exatamente inovadora, o jogo apresenta uma ação bem fluida com um bom design de níveis, mas que falha em alguns detalhes.
Sobreviva aos níveis e pare uma IA descontrolada
Toda a ação do jogo consiste em sobreviver aos níveis de três áreas diferentes. E cada nível consiste em pequenas áreas onde variados inimigos aparecem e o jogador precisa sobreviver. Os inimigos por sua vez começam com ondas de inimigos mais fáceis e o jogo depois vai colocando uma quantidade maior ou tipos novos.
O que no início os inimigos parecem fáceis, com uma quantidade maior começa a virar um desafio para sobreviver, principalmente porque nenhum inimigo comum deixa qualquer item de cura, este que só pode ser obtido aleatoriamente em caixas espalhadas no jogo ou nos chefes que aparecem em partes da jornada. Com isso, já o jogador percebe que precisa ficar atento para não perder uma porção da barra de vida em vão.
Na jogabilidade, o jogador pode utilizar até três armas de fogo do variado arsenal do jogo e uma arma de combate corpo a corpo. Infelizmente, utilizar mais de uma arma não é algo que está disponível logo no início e é necessário utilizar pontos que o jogo chama de “nanite” para evoluir o seu personagem de acordo da preferência do jogador.
Uma coisa curiosa do jogo é que utilizar a arma de corpo a corpo sempre rende resultados melhores do que ficar atirando em inimigos pela arena. Claro que não dá para matar todos os inimigos assim, mas deixa as coisas mais fáceis.
O jogo possui gráficos bonitos e o design dos níveis são muito bons. Os níveis possuem letreiros fluorescentes, carros e barracas em alguns níveis que combinam bastante com a temática do ambiente. Entretanto, a maior falha está na escolha de cores para elementos de menus e da interface de jogo.
Além da inconsistência nos mesmos menus, há opções onde tem botões onde a cor de fundo é a mesma do texto, onde o diferencial é apenas uma sombra ou borda, fora a questionável escolha do estilo de fonte para o jogo todo.
Isso infelizmente pode incomodar os jogadores e espectadores por causa do brilho das cores e de como fica difícil ler rapidamente um texto com o estilo da fonte e da cor.
Em som, o jogo não se destaca mas também não atrapalha se tornando repetitivo. As músicas seguem a temática, mas não há uma música que vá fazer o jogador querer ouvir de novo ou dar uma experiência a mais em uma parte do jogo.
Em ArcRunner há detalhes que precisam ser polidos
Algo interessante a comentar é que seria bom alguns ajustes adicionais na jogabilidade com joysticks, pois jogando usando um acaba sendo algo muito impreciso que pode resultar em mortes mais rápidas com o jogador tentando acertar os inimigos antes de ser acertado, ainda mais com o fato que o jogo roda muito bem no Steam Deck.
E o jogo possui um multiplayer que melhora a experiência se jogar com até três jogadores e isso pode chamar a atenção de espectadores que gostam desses tipos de jogos.
Por fim, o jogo não apresentou quaisquer problemas para ser jogado e possui localização para vários idiomas.
ArcRunner
Conclusão
ArcRunner é uma sólida experiência de Roguelike de ação, mas que pode afastar jogadores e espectadores com sua escolha de cores e estilos de fontes. Poderia ter um suporte melhor para a jogabilidade com joystick.