Perseus: Titan Slayer

Perseus: Titan Slayer – Ação caótica atrapalhada por escolha de design

Em tempos de grande popularidade de jogos indie com mecânicas simples mas viciantes, “Perseus: Titan Slayer” quer entrar nesse grupo tentando se diferenciar ao mesclar dois estilos de jogabilidade muito adorados pelo público: Dungeon Crawler e Survivor.

Mas como é a experiência?

O Caos é o inimigo

Em “Perseus: Titan Slayer”, como o próprio nome diz, você controla Perseus numa jornada pelo Tártaro para controlar o Caos, simples assim.

E durante a sua aventura, vários deuses e outros personagens da mitologia vem apresentando algumas informações, mas nada que aprofunde a premissa que já é bem simples, mas suficiente para esse tipo de jogo.

A parte técnica do jogo é boa, tem cenários bem trabalhados, com uma boa variação deles, e uma música que acompanha bem as situações. É bom ver aqui uma alternativa para jogadores que têm certa resistência à gráficos em pixel.

Os controles são bem responsivos, não há aqui um atrapalho por atraso de comandos e tem uma relativa simplicidade deles, para não confundir no momento das batalhas mais árduas.

A jogabilidade empolga e é divertida em muitos momentos e há inimigos conhecidos que podem agradar quem gosta da mitologia.

E aqui, o diferencial da jogabilidade é que você luta contra os inimigos e assim que termina a fase, você tem um momento para verificar os itens derrubados por eles e equipar o que você queira.

Modos de jogo interessantes, mas que falta polimento

Perseus: Titan Slayer
Foto: Divulgação

Como mencionado anteriormente, o jogo quer ser um Dungeon Crawler e Survivor, oferecendo dois modos de jogo com o mesmo nome. A questão aqui é dar opção, já que se a pessoa prefere um modo ou outro, basta escolher o que mais lhe agrada.

No modo Dungeon Crawler, o jogador anda por fases onde deve derrotar todos os inimigos para poder encontrar a saída. Aqui é o modo que percebo que houve menos cuidado para desenvolver. O personagem é colocado em muitas arenas e poucas fases com corredores que faz você pensar se realmente está jogando um modo Dungeon Crawler. Até mesmo as fases com corredores são muito simples se limitando de ir num ponto A até o ponto B.

A interface é bem nos moldes de “Diablo 2” e “Path of Exile”, com direito a poções de cura de vida e mana (essas que são limitadas e podem ser aumentadas com upgrades), e com os medidores de vida e mana em cada lado da tela. Há também um inventário onde ficam os itens e equipamentos que o jogador coleta durante suas jogatinas.

O modo Survivor é aqui melhor executado pela sua simplicidade, pois aqui você joga em grandes arenas contra hordas de inimigos. Aqui, na minha percepção, o desenvolvedor tentou se diferenciar trazendo as regras do outro modo para não se parecer demais com a concorrência, pois aqui você ainda tem o recurso de inventário, equipamentos, etc. Infelizmente isso faz com o que o jogador preste atenção em mais uma coisa (o medidor de mana) além das outras coisas presentes no jogo, mas isso pode agradar a alguns jogadores.

O maior inimigo do jogo até aqui pode ser considerado o balanceamento dos status, o dano causado por inimigos. Muitas das vezes você tem a sensação que a dificuldade escalou de forma muito rápida e pode se encontrar com o medidor de vida já quase acabando.

Perseus: Titan Slayer
Foto: Divulgação

O personagem não ter um destaque visual maior também pode ser um problema em meio às grandes hordas de inimigos e que usam ataques mágicos, podendo deixar o jogador perdido. E sem falar que faltou um cuidado maior com as interfaces do jogo em que algumas podem ser fechadas com a tecla “Esc” e outras não.

É necessário citar que, por vezes, a Inteligência Artificial do “Perseus: Titan Slayer”, em ambos os modos, tem problemas e acabam ficando presas em pontos das fases e não focando no personagem.

Mas até o momento dessa análise o desenvolvedor fez vários ajustes, que apesar de ainda perceber um certo desequilíbrio, creio que esses problemas podem ser facilmente corrigidos.

Sem descanso para Perseu

Falando da parte técnica, joguei a versão de PC (Steam) e em meu PC, o jogo roda de forma satisfatória e sem quaisquer problemas de desempenho, então transmitir o jogo por livestream pode ser feito tranquilamente, apesar de que na página do jogo os requisitos recomendados pedem um hardware um pouco melhor, avisando que o jogo precisa de algumas otimizações.

Já o engajamento com o público pode ser um pouco complicado e ficando apenas pela habilidade do jogador em enfrentar as hordas, pois o jogo não conta com modo multiplayer e não há variedade muito grande de itens que possa gerar expectativa por algo extremamente raro de se conseguir.

E por o jogo oferecer pouca variação de fases em um dos modos, espectadores que acabam acompanhando trechos da transmissão podem ter uma sensação de repetição e sem citar que a aparição dos deuses se limita a pequenos diálogos em caixas de texto no jogo.

Apesar dos problemas que acorrentam o potencial verdadeiro do jogo, “Perseus: Titan Slayer” pode conseguir agradar quem precisa de uma experiência diferente, jogabilidade responsiva e também fãs da mitologia grega.

Perseus: Titan Slayer

PC (2023)

Performance
Streamabilidade
Engajamento
Fator Replay/Conteúdo

Conclusão

“Perseus: Titan Slayer” diverte e tenta se destacar no meio à onda de jogos Survivor com uma mistura diferente, mas que tem a experiência levemente prejudicada pela falta de balanceamento dos inimigos e de algumas melhorias de qualidade de vida.

3.5

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