Meet the Streamer: Fezudu
Quando você começou a streamar?
Não me recordo bem a data exata, mas eu acredito que cerca de 2015
O que fez você decidir iniciar seu próprio canal de streaming?
Graças as lives da twitch eu conheci muitos amigos queridos e pessoas especiais. Assistir as lives me traziam a sensação de quando criança juntar-se em casa com os amiguinhos da escola e assistir ou jogar em conjunto.
Você trabalha fora do seu canal de streaming?
Eu trabalho com pintura digital, costumo até fazer artes para alguns dos nossos amigos streamers aqui do Gamohol como o AlexandreGaara e o Gabnattz, por exemplo.
Como um artista, você acha difícil realizar streams com conteúdo de arte?
Eu gosto de falar que a arte é feita para todos, mas nem todos são feitos para a arte. E com isso eu não falo só dos desenhos digitais. Jogos, músicas, leitura entre várias outras coisas. Eu acredito que todas elas têm um espaço enorme dentro das Streams e você com certeza irá encontrar alguém que admira o mesmo tipo de arte que você produz e consome. Então, eu vejo que não é difícil criar esse tipo de conteúdo em uma live, contanto que seja algo que você goste.
Sua família apoiou sua carreira de streaming?
Vindo de uma família muito grande e com muita gente em carreiras mais comuns, eu sempre me senti deslocado, especialmente porque eu nunca fui uma pessoa que conseguia absorver e aprender bem na escola matérias que não fossem Artes, Inglês e Ciência. Meus pais não entendiam muito bem como era que funcionava a situação de tentar ganhar algum dinheiro com meu trabalho de Arte e Streamer, mas eles apoiavam do jeito deles, disso não tenho o que reclamar.
Qual foi o ponto de virada para você que o fez perceber que poderia ganhar dinheiro e possivelmente ganhar a vida com streaming?
Foi quando tive a possibilidade de começar a criar conteúdo da minha arte streamando pela twitch, conseguindo clientes que vinham pelas lives ou até como recompensa para alguns Subs e graças a isso também receber pela primeira vez da Twitch, que eu acredito que é uma sensação de satisfação para muitos depois de tanto se esforçar em lives, mesmo com todas as taxas, é um dinheiro que você ganhou com seu trabalho com a ajuda de todos que te assistem.
Quem são suas maiores inspirações na comunidade de streaming?
Eu já tive tantos streamers que me inspiraram em muitas áreas e outros que me fizeram perder o interesse em acompanhar, é algo que faz parte, estamos fadados a nos adaptar e isso com certeza irá trazer e afastar público. Dentre os que acompanho, o AlexandreGaara é uma grande inspiração para mim, afinal, ele tem uma paixão enorme por jogos, pelas lives e ele é genuíno e honesto nas coisas que fala e joga, isso me deixa confortável de acompanhar um amigo em que tanto fora quanto dentro da live é a mesma pessoa. Acredito que as pessoas podem vir pelo conteúdo, mas elas ficam pelo streamer. Então, é mais importante do que tudo, seja o jogo, layout bonito ou prêmios. É mais importante seu público se sentir à vontade e que sua transmissão ajude o dia daquela pessoa ser melhor e eu vejo muito disso no Alexandre.
Que tipo de jogos você gosta de streamar?
Eu tenho um gosto bem específico e facilmente reconhecível a todos que já viram minhas streams, eu adoro plataformas 2D, especialmente jogos como Megaman, que gosto de fazer lives sem usar as fraquezas dos chefes, então deixo meu público decidir a ordem em que irei jogar as fases. Amo jogos roguelike/lites, porque ao ficar mais velho e ter menos tempo para dedicar a jogos, eu gosto de poder fazer jogatinas rápidas, e a possibilidade de zerar um jogo em 1-2 horas e sempre ter uma experiência diferente me agrada muito.
Também sou apaixonado por jogos de cartas e tabuleiros, especialmente se posso jogar com meus amigos online.
O seu público mudou de alguma forma o tipo de jogos que você costuma transmitir?
Acredito que não, mas já houve algumas ocasiões em que experimentei jogos indicados e que me surpreenderam muito. Mas eu sou uma pessoa bem fixa no quesito de me sentir bem streamando e jogando o que eu gosto, sou bem honesto quanto a isso. Então, eu costumo seguir o meu gosto e tentar deixar o mais convidativo possível ao meu público sobre o que eu estou jogando, seja com curiosidades, dicas de como passar de algo ou até indicações de jogos parecidos.
O seu público mudou de alguma forma o tipo de jogos que você costuma transmitir?
Houve alguns, sim, o mais recente deles foi o Arzette The Jewell of Faramore, que busca a ideia do Zelda CD-i com melhorias na jogabilidade e qualidade de vida. Foi um jogo tão divertido e prazeroso de jogar que finalizei em 2 lives, fazendo 100% dele.
Houve alguns jogos também que não curti, mas tudo bem, dei minha opinião e troquei para outro. Eu costumo comentar que não gosto de dar notas aos jogos, eu dou minha opinião pelo gosto, então um jogo ruim para mim é maravilhoso para outro, por isso é tão importante ter essa transparência entre o streamer e o público.
Qual foi o jogo mais engraçado e divertido que você já jogou no seu canal?
Nossa, são tantos que já teve, acho que um dos mais divertidos que teve foi o Project Planet – Earth vs Humanity onde é um jogo social e joguei com um grupo de amigos e houve muita discussão e brigas engraçadas, e isso claramente gera muitos clipes e momentos divertidos.
Qual você acha que é sua maior conquista como streamer? Pessoalmente e/ou profissionalmente?
Eu acho que uma das coisas mais importantes é aprender a lidar com pessoas e me abrir mais, no começo é muito comum você ficar mais inseguro e mais tímido, eu sou uma pessoa bem calada normalmente, mas, fazer as lives me ajudaram a aprender a interagir melhor com público, o que me leva a interagir melhor com os clientes online. Então, eu vejo o quanto isso me ajudou a crescer até fora da Twitch mesmo.
Quais foram seus maiores erros quando você começou a transmitir?
Para mim, que meu foco primário não é streamar mais hoje em dia, foi tentar trazer live todo dia, com uma agenda fixa, eu sei que para muitos é a melhor forma de se trabalhar com stream. Mas para mim não dá certo, eu tenho uma vida mais corrida fora das lives, com o dia-a-dia e com meus trabalhos de illustrador. Então, ter uma obrigação a mais com a twitch não estava me fazendo bem e isso afetava até a qualidade das lives. Eu prefiro ser mais livre e flexível, quero trazer ao meu público a sensação de assistir um amigo jogando algo que ele está experimentando pela primeira vez ou um jogo de que ele gosta. Sendo assim, algo mais saudável tanto para mim quanto para o meu público.
Qual é o seu maior objetivo como streamer?
Como streamer, eu acredito que poder utilizar mais as lives como auxílio para meu trabalho de análises, eu gosto de experimentar e escrever sobre os jogos, poder compartilhar minha opinião sobre um jogo que gostei especialmente, se não gostei, tento ser o mais imparcial possível, pois poderá haver alguém que veja a análise e se sinta curioso para tirar as próprias conclusões.
Que dicas você pode dar aos streamers iniciantes que gostaria de ter tido quando você estava começando?
Não se fruste no começo, especialmente se você abrir e tiver poucas pessoas assistindo, mesmo que seja só 1 pessoa lá, você pode estar animando o dia dela, poderá trazer a vontade dela de começar também a fazer algo que ela goste assim como você está lá fazendo. Mas não deixe as lives te consumirem, tenha um bom equilíbrio entre seus horários, sua saúde tanto física quanto mental importam mais que tudo.
O que alguém pode esperar da sua Livestream ao encontrar seu canal pela primeira vez?
Vão achar um cara meio caladinho, mas que está sempre bem-disposto a receber novos amigos e interagir com quem chegar. Possivelmente acompanhado de outros amigos não tão quietinhos em uma chamada, espero que meu conteúdo consiga animar o seu dia e te arrancar umas boas risadas.