Com um sopro de ar fresco à franquia BlazBlue, Entropy Effect é uma grande surpresa!

A série BlazBlue é muito conhecida por seus jogos de luta 2D, com um grande apelo em sua pixel art incrível e personagens bastante carismáticos, e me pegou muito de surpresa ver um jogo spin-off da série, ainda mais no formato de Roguelite. Aqui vamos falar das novidades que Entropy Effect traz para a franquia e também para o gênero de Roguelikes/lites.

Adaptando um jogo de luta para um jogo de ação funciona e muito bem!

É muito comum ficarmos desconfiados quando franquias já estabelecidas em um gênero lançam algum jogo em outro estilo, afinal é bem comum que esses jogos sejam abaixo da média e não agradem ao público alvo, especialmente os fãs de jogos de luta, que amam tanto seus jogos e seus personagens. Então, foi surpreendente ver o quão bem trabalhado é a jogabilidade de BlazBlue Entropy Effect, replicando a sensação de controlar personagens já conhecidos em um novo ambiente.

Dentro de vários jogos roguelikes/lites que joguei, esse foi um dos que mais me surpreendeu em seu sistema de combate, afinal pude pegar um personagem que já conhecia da franquia e sentir pouca diferença em sua jogabilidade em um jogo de plataforma, executando combos imensos e golpes devastadores que foram muito bem adaptados com controles mais simples e que permitem que jogadores de vários níveis de habilidade possam se sentir poderosos com ataques devastadores.

BlazBlue Entropy Effect visualmente é um espetáculo, mas poderia ter mais foco em história

É bem comum jogos Roguelikes/Lites não focarem muito em história, apenas te jogam dentro de um contexto de algo e você segue jogando, o que é ótimo para quem procura só sentar e fazer uma ou duas jogatinas sem precisar enrolar muito.

Contudo, em Entropy Effect, vindo já de uma franquia conhecida e popular, gostaria que houvesse um pouco mais de foco no mundo já existente de BlazBlue. Aqui controlamos um charmoso robozinho em um universo diferente, em que você utiliza avatares baseados nos personagens de conhecido jogo de luta e precisa avançar por 5 mundos coletando arquivos para desbloquear vídeos que contam mais sobre aquele mundo.

É uma coisa interessante e a arte usada nas cenas é muito bonita, contudo, gostaria que o jogo fosse de fato passado no mundo do BlazBlue com interações entre os personagens, explorando mais sobre suas histórias, personalidades e desejos.

Entrando na área visual do jogo, é de fato um dos jogos mais chamativos do gênero em questão de arte. Ao ver as primeiras imagens, fiquei bastante interessado em jogá-lo devido à sua paleta de cores vibrante, com destaque à cor neon em certas partes das roupas ou armas dos personagens, dando uma vibe meio Cyberpunk ao jogo.

Os seus cenários são muito bonitos, mas infelizmente com temas genéricos, o que é uma pena, devido ao quão únicas são algumas das fazes dos jogos BlazBlue.

Jogabilidade fácil de aprender e boa curva de dificuldade são chamativos

Se trazido em live stream, o jogo consegue chamar um bom público que bate o olho e vai ficar curioso com a jogabilidade rápida, dinâmica e os efeitos dos golpes chamativos, além das belas cores e animações dos personagens.

Além de sua curva de aprendizado e dificuldades bem distribuídas, consegui na minha primeira jogatina em live chegar na última área e na segunda vencer o último chefe e isso é algo raro em jogos roguelikes/lites. Contudo, para desbloquear mais sobre a história, é necessário ativar os modificadores de entropia que deixarão as fases mais difíceis e os inimigos mais poderosos.

Mas claro, não são só as fases que você modifica, você pode fortalecer seus personagens com recursos conquistados durante a jogatina, permitindo que você crie Builds bastante variadas em conjunto aos golpes e poderes encontrados nas fases.

Para completar, finalizando uma jogatina, seja ela vencendo ou perdendo. O seu personagem ficará salvo e poderá ser chamado via suporte em uma futura jogatina, permitindo mais criações de sinergias entre os golpes. Isso deixa sempre o desejo de continuar jogando e diminui a frustação de falhar ao morrer.

A versão testada foi a da STEAM e o jogo rodou bem, apesar de no começo ter tido alguns engasgos, mas acredito que foi devido à opção online do jogo. Após desativá-la no menu, os engasgos pararam e o jogo rodou bem fluido. Contudo, o jogo está disponível apenas em três idiomas, o que limita um pouco o alcance ao público.

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Fezudu